terça-feira, 9 de novembro de 2010

Nights in Rodanthe ~

Ao lado, Adrienne Willis (Diane Lane) e Paul Flanner (Richard Gere), em Noites de Tormenta.
Vou falar um pouco sobre este livro, que de todos do Nicholas que eu já li, o que mais me marcou foi esse.

SINOPSE: Adrienne busca refúgio em Rodanthe, pequena cidade litorânea na Carolina do Norte, indo cuidar da pousada de uma amiga. Ali ela espera encontrar a tranqüilidade de que precisa desesperadamente para refletir sobre os conflitos que a angustiam: seu volúvel marido pediu para voltar para casa, e sua filha enfrenta problemas com a morte do marido. Pouco depois de Adrienne chegar a Rodanthe, ouve-se a previsão de uma grande tempestade, e o Dr. Paul Flanner chega à cidade. Único hóspede da pousada, Flanner não está atrás de um final de semana de descanso, e sim enfrentando uma crise de consciência, com seu filho trabalhando no Equador como médico, ele decide ir revê-lo depois de muito tempo.
Agora, com a tempestade se aproximando, eles procuram consolo um no outro e, em um final de semana mágico, iniciam um romance que trará mudanças profundas para ambos, repercutindo pelo resto de suas vidas.



Vou colocar uns trechos que eu grifei no meu livro, que mais me marcaram..



"Lá fora a chuva caia. Ouvindo a batida suave contra o vidro, ela se sentia grata por essa sensação permanente de familiaridade. A lembrança daqueles dias sempre despertava nela uma mistura de emoções - algo semelhante, mas não exatamente igual à nostalgia. A nostalgia era muito romantizada; e não havia motivo para tornar essas lembranças ainda mais românticas do que já eram. E ela também não as dividia com ninguém. Eram suas e com o passar dos anos, passou a vê-las como uma espécie de exposição de um museu, da qual era ao mesmo tempo curadora e a única patrona. E de uma maneira peculiar, Adrienne havia chegado à conclusão de que aprendera mais naqueles cinco dias do que em todos os anos que vivera antes ou depois.." (Pág 12)


".. tenho pensado muito em você desde que parti, imaginando por que a jornada que comecei parecia passar por você. Sei que minha jornada ainda não chegou ao fim, e que a vida é um caminho sinuoso, mas só posso esperar que ela dê uma volta em direção ao lugar a que eu pertenço.

É isso que estou pensando agora. Eu pertenço a você. Enquanto estava dirigindo, e de novo quando o avião estava no ar, imaginei que quando chegasse, eu veria você no meio da multidão acenando para mim. Eu sabia que isso seria impossível, mas por algum motivo, isso fez com que deixar você fosse um pouco mais fácil. Era quase como se parte de você tivesse vindo comigo.

Quero acreditar que é verdade. Não mude isso - eu sei que é verdade. Antes de nos conhecermos, eu não poderia estar mais perdido, e mesmo assim você viu em mim alguma coisa que me fez encontrar o rumo de novo. Nós dois sabemos o motivo pelo qual fui pra Rodanthe, mas não consigo parar de pensar que tinha forças maiores em funcionamento. Fui lá para encerrar um capítulo de minha vida, esperando que isso me ajudasse a encontrar meu caminho. Mas era você, eu acho, que eu estava procurando todo esse tempo. E é você que está comigo agora.

Nós dois sabemos que vou ter que ficar longe por algum tempo. Não tenho certeza sobre quando vou voltar, e apesar de não fazer muito tempo, percebo que sinto mais saudades de você do que jamais senti de alguém. Parte de mim deseja imensamente entrar em um avião e ver você, mas se isso for tão verdadeiro quando acho que é, tenho certeza que vamos conseguir. E e vou voltar, prometo. Durante o pouco tempo que passamos juntos, tivemos o que a maioria das pessoas apenas sonham, e eu estou contando os dias até poder ver você de novo. Nunca se esqueça do quanto eu te amo, Paul. (Fragmentos de uma carta enviada por Paul à Adrienne, Pág 18/19)


" A garrafa de vinho estava vazia, a maré estava subindo, e as primeiras imagens dos relâmpagos começaram a surgir a distância no horizonte, fazendo o mundo lá fora brilhar, como se alguém estivesse tirando fotografias com a esperança de lembrar daquela noite para sempre. " (Pág 67)


" Ela amara Paul, e se ele não tivesse significado tanto para ela, se o fim de semana tivesse sido apenas uma coisa física, não haveria nada para lembrar além de alguns momentos agradáveis, e teria sido especial apenas pelo fato de ter ficado tanto tempo sozinha. O que eles compartilharam, entretanto foram sentimentos que estavam enterrados fazia muito tempo, sentimentos que só diziam respeito a eles dois. E só a eles. " (Pág 117)


" Mas o cheiro permanecia. O cheiro do café que haviam tomado juntos, o cheiro da loção pós-barba, o cheiro dele, recendendo em suas mãos, em seu rosto, e em
suas roupas. " (Pág 133)


".. Dizer adeus para você hoje é a coisa mais difícil que poderia fazer, e posso garantir que, quando voltar, nunca mais vou fazer isso de novo. Eu te amo agora pelo que já compartilhamos, e te amo agora esperando por tudo que virá. Você é a melhor coisa que já aconteceu em minha vida. Já sinto saudade, mas no meu coração eu tenho certeza de que você estará sempre comigo. Nos poucos dias que passei com você, você se tornou meu sonho, Paul. " (Fragmentos de outra carta escrita por Paul à Adrienne, Pág 147)


" O que eles tinham sido um para o outro, ela e Paul? Mesmo agora, ela ainda não tinha certeza. Não existia uma definição simples. Ele não tinha sido seu marido ou noivo; se o chamasse de namorado iria parecer que tivera um delírio adolescente; amante representava apenas uma pequena parte do que haviam compartilhado. Ele era a única pessoa de sua vida, ela pensou, que parecia desafiar qualquer descrição, e se perguntou quantas pessoas poderiam dizer a mesma coisa a respeito de alguém em suas vidas. " (Pág 153)


" Sim, eu fiquei arrasada por perdê-lo, mas se eu pudesse voltar no tempo - desta vez sabendo o que iria acontecer - eu ainda iria querer que ele fosse por causa do filho. Ele precisava acertar as coisas com ele. Seu filho precisava dele - sempre havia precisado. E não era tarde demais. " (Pág 165)


" Ela havia se apaixonado por um estranho durante um fim de semana e nunca mais iria se apaixonar. A vontade de amar novamente tinha acabado em uma montanha do Equador. Paul havia morrido por seu filho e, nesse momento parte dela morreu também. Ela havia encontrado o amor e a alegria, encontrara uma força que não sabia que tinha, e nada poderia jamais lhe tirar essas coisas. Mas agora estava tudo acabado, menos as lembranças, e ela as havia elaborado com cuidado infinito. Eram tão reais para ela quando a cena que estava observando agora, e ignorando as lágrimas que tinham começado a cair no escuro vazio de seu quarto, ela ergueu a cabeça. Olhando fixamente para o céu, inspirou profundamente, apurou o ouvido e imaginou o eco das ondas que quebravam na praia em uma noite chuvosa em Rodanthe."



Quem tiver oportunidade de ler, leia! É um dos livros mais lindos que eu já li, comecei a ler ele em uma fase bem difícil para mim e por incrível que pareça, foi a melhor coisa que eu fiz.

Comentários a parte: NÃO ESPERE PERDER, PARA DAR VALOR! NÃO ESPERE QUE ALGUÉM MUDE PARA QUE VOCÊ POSSA MUDAR TAMBÉM, E NÃO MUDE POR CAUSA DOS OUTROS OU PARA IMPRESSIONAR OS OUTROS!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Changes!

Hi!
3 meses depois, eu retorno.. Uma vez, alguém me disse pra me abrir e não guardar mais nada para eu mesma, e é isso que eu venho tentando fazer desde que essa pessoa se "foi".
Eu tenho notado que essa pessoa teve uma mudança drástica e confesso meu espanto. Mas mudanças são boas se nos trazem coisas boas não é mesmo?! E acho que essa trouxe coisas boníssimas para essa pessoa!
E parando de falar dessa pessoa..
Quero falar de me, myself and I..
Queria saber porque o ser-humano tem que errar para aprender.. depois que a gente erra, que a gente entende, que damos valor no que perdemos e passamos querer alertar as pessoas para não cometerem o mesmo erro que cometemos, mas de que adianta? Só errando pra saber, né!


Encerro aqui, com um poema do Pablo Neruda, um tanto quanto erótico, mas lindo.

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas pernas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos por um so mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito, tuas margens,
teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia corre pelos tênues
caminhos do sangue até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.

Kisses! :**~

domingo, 6 de junho de 2010

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo, mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector.




..E outra noite que se vai, e eu não to correndo atrás, quanto tempo ja passou, e a gente nem se falou, quanta coisa a gente faz, depois quer voltar atrás.. Então me diz alguma coisa, bate aqui de madrugada, pra lembrar daquele tempo, pra sempre ou só por um momento, me dá um beijo na boca e depois me leva pra sua casa..

sábado, 29 de maio de 2010

Te Olho nos Olhos..

Para começar.. um Poema lindo da Ana Carolina..

Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
de me inventar de novo.
Desculpa...
se te olho profundamente,
rente à pele...a ponto de ver seus ancestrais...
nos seus traços.
a ponto de ver a estrada...
muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
nenhuma parte,
nenhum pedaço do meu ser Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."